quarta-feira, março 29, 2006

Estréia em duas partes

Capital Inicial estréia em Curitiba turnê do álbum-tributo ao grupo Aborto Elétrico

Por: Juliana Girardi
Colaboração: Zuleika Valaski (VendeTTaFC)

Desde que a banda Capital Inicial voltou à ativa e experimentou um sucesso estrondoso com o álbum Acústico, lançado pela MTV em 2000, a formação liderada pelo vocalista Dinho Ouro Preto não parou para descansar. Mas entre turnês e gravações de novos álbuns – desde então o grupo lançou outros dois registros, Rosas e Vinho Tinto (2002) e Gigante (2004) – o grupo não deixou de lado um desejo antigo.

Queria resgatar a história e as gravações inéditas do Aborto Elétrico, banda formada em Brasília, nos anos 80, por Fê e Flávio Lemos (integrantes do Capital) e liderada por Renato Russo. O projeto saiu do papel no final do ano passado, com a gravação do álbum MTV Especial – Capital Inicial – Aborto Elétrico e, após dois meses de folga, a banda faz o show de estréia da nova turnê hoje, na capital paranaense.“Vai ser difícil evitar a tensão. Estou bem nervoso”, confessou o vocalista em entrevista ao Caderno G, por telefone.Isso porque o show de logo mais, além de estrear um novo repertório, conta com dois novos cenários, visto que a apresentação será dividida em duas partes – a primeira com 11 músicas do Aborto Elétrico e a segunda com 11 canções do Capital Inicial. “Queríamos fazer um show só do Aborto, mas foi impossível. As pessoas esperam ouvir as canções do Capital”, conta Dinho.

De acordo com o vocalista, a divisão, apesar de não exigir que os integrantes saiam do palco, irá definir dois momentos bastante distintos durante o show. “O primeiro tenta recriar uma atmosfera de garagem, com uma iluminação simples e projeções políticas feitas pelo artista plástico paulista Palumbo. Já a segunda parte, a do Capital, é um showzão, que envolve luzes e infláveis”, adianta.

Além da seleção de hits do Capital Inicial, a banda promete incluir no repertório canções do Aborto Elétrico conhecidas do grande público como “Fátima”, “Química”, “Conexão Amazônica”, “Veraneio Vascaína”, “Música Urbana” e “Geração Coca-Cola”, imortalizadas na voz de Renato Russo, que, para Dinho, foi o grande cantor e compositor de sua geração. “Como todo grande artista o Renato teve várias fases. Todos conhecem a mais messiânica, mais tarde, a melancólica, no entanto, a fase mais aguerrida, intolerante, raivosa e impaciente dele era desconhecida”, analisa. Quanto à escolha de Curitiba para estrear a turnê, o vocalista revela que trata-se de uma estratégia para retomar uma relação de amizade com o público local, que vem de longa data. “Houve momentos em nossa carreira, como no início dos aos 90, em que tocávamos aí praticamente todo mês. Eu gostaria que esse show marcasse o recomeço de uma época em que a gente passa a freqüentar mais a cidade. Sabemos que isso depende muito da gente e estamos dando o pontapé inicial”, explica.

GAZETA DO POVO, Caderno G, 11 de março de 2006.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Particularmente fiquei muito contente com o relato do Dinho sobre o motivo de ter escolhido Curitiba para estrear a turnê AE. Depois de tantos anos sem show do Capital, a cidade estava mesmo precisando dessa energia, e vou torcer muito para que eles realmente passem a frequentar mais Curitiba.

6:19 PM  

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