quarta-feira, dezembro 14, 2005

Fê lemos apresenta seu CD "Hotel Básico"

clique na imagem e saiba tudo sobre a estréia de Fê Lemos em seu novo projeto de música eletrônica

Clipe Respirar Você

Das antigas!

terça-feira, dezembro 13, 2005

Primeiro LP (curiosidades)

Curiosidades faixa-faixa sobre o primeiro disco do Capital
Capital Inicial (1986)

Música Urbana
Co-escrita por André Pretórius, que morreu de overdose de heroína.

No Cinema
Composta antes da entrada de Dinho Ouro Preto.

Tudo Mal
Traz os indefectíveis "uarâma uamamã uôôôô iééééé" de Dinho.

Psicopata
Escrita em parceria com Pedro Pimenta, que integrou a banda cult Arte no Escuro.

Sob Controle
Bozo Barretti, que depois viria a fazer parte da banda, toca teclado nela.

Veraneio Vascaína
Proibida para menores de 18 anos pela Polícia Federal.

Gritos
Reggae-rock creditado a Guta, amiga apresentada pelo pessoal do Camisa de Vênus.

Leve Desespero
Entrou na trilha sonora do filme Areias Escaldantes.

Linhas Cruzadas
Nessa, Barretti usou o piano de cauda para seus fins originais.

Cavalheiros
Nelson Mandela e a segregação na África do Sul inspiraram Dinho.

Fátima
Até hoje Dinho não entende direito a hermética letra de Renato Russo.

Atrás dos Olhos (uma pérola mal lapidada)

por: Richard I. Assumpção

Atrás dos Olhos foi o disco que marcou e consolidou o retorno do Capital Inicial ao cenário musical após alguns anos de separação da formação original.

Um disco vigoroso, elétrico e acima de tudo “rock”, com equilíbrio musical demonstrando a verdadeira essência da sonoridade do Capital Inicial.

Uma produção diferenciada de todos os demais álbuns, um momento em que a vontade de se voltar a fazer música era predominante regada a uma satisfação infinita em devolver ao público e ao próprio Capital inicial a certeza de que os anos que eliminaram o Capital da cena musical não passaram de uma fase que não funcionou com a mudança de alguns de seus integrantes.

Este, apesar de ter sido o reinício do novo Capital Inicial, não foi o álbum que colocou novamente o Capital nas paradas das rádios, mas sim muito que modestamente o “tiro certo” num alvo que representava a falta de uma banda essencialmente roqueira e com uma carreira de muita luta e perseverança.

Um álbum que apareceu na mídia e praticamente ressuscitou o anonimato da banda entre o período de 1993 e 1997, mas muito timidamente.

Considerado pela crítica musical talvez o melhor disco da banda em toda sua trajetória alcançando notas “9” entre os mais exigentes, trouxe aos ouvidos dos roqueiros e fãs mais antigos a felicidade de se ver e ouvir novamente o Capital Inicial.

Atrás dos Olhos é uma “pérola mal lapidada”, o disco teve lá sua divulgação, mas não se fez jus ao que realmente merecia.

A extinta gravadora Abril Music conseguiu relançar o Capital Inicial nessa segunda fase da banda pós crise e pós anos 80, pena que não tenha trabalhado melhor o disco, provavelmente até por dificuldades que a própria gravadora enfrentou durante alguns poucos anos de existência, ocasionando a sua extinção em meados de 2002.

Atrás dos Olhos emplacou alguns hit´s como: “O Mundo”, “1999” e a balada “Eu Vou Estar”, ótimo, belas canções, mas por conta do acaso ou das dificuldades do próprio mercado fonográfico algumas “pérolas” desse disco não caíram no gosto popular como: “Estranha e Linda”, “Terceiro Mundo Digital” , “Hotel Gean Genet” e “Amiga Triste”, enfim um álbum inteiro cuja repercussão e popularidade se sintetizou em 1/3 apenas, um pecado.

Na minha opinião o “Atrás dos Olhos” continua sendo o ponto de equilíbrio da discografia do Capital, entre a escassez do rock básico e o excesso do pop, dois pontos fundamentais que convivem quase que harmonicamente na música atual do Capital.

Atrás dos Olhos é um disco pra se ouvir, ouvir, ouvir, ouvir e ouvir e querer sempre mais ouvir.

Atrás dos Olhos uma “pérola mal lapidada” que merecia ser melhor apreciada pela atual gravadora Sony&BMG e pelo próprio Capital Inicial.

Capital e Sting (Hey! anos 80)

Capital na abertura dos shows de Sting
Correio Braziliense Nov/1987

Taí um privilégio que toda e qualquer banda do Rock Brasil gostaria de ter: ser convidada para abrir os shows de Sting em sua turnê brasileira que terá início no Rio de Janeiro, dia 20 e se prolongará por São Paulo, Belo Horizonte, porto Alegre e Brasília.

Mas a honraria vai caber a um grupo originário de Brasília, há algum tempo radicado em São Paullo, o Capital Inicial.

A escolha foi explicada por Manuel Poladiam, empresário responsável pela vinda de Sting: “Trata-se de uma excelente banda e acaba de lançar um disco muito interessante. Além do mais, tem levado grandes públicos em todos os shows que vem realizando no eixo Rio-São Paulo”.

O disco que o Capital lançou, há mais ou menos dois meses, foi o Independência, bem recebido pela crítica. Por enquanto a faixa título é que vem sendo executada pelas rádios, mas todo os trabalho revela progressos sensíveis do grupo, que passou a contar agora em tempo integral, com o tecladista Bozo Barretti, responsável pelos arranjos.

Com o elepê de estréia, Dinho, Fê, Flávio e Loro conseguiram vender algo em torno de 200 mil cópias. Agora, no embalo das apresetnações ao lado de Sting, com certeza o Capital Inicial vai chegar fácil ao disco de platina.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Sobre o DVD - Especial MTV Aborto Elétrico

Pra ver, ouvir e conhecer!


O DVD está dividido nas seguintes categorias:

Documentário Capítulos Músicas Extras

Simplesmente fantástico o material editado, esse DVD certifica de vez o belíssimo trabalho de gravação do disco-tributo Aborto Elétrico.

O documentário é o conteúdo do DVD, as cenas estão intercaladas entre as gravações de estúdio e a visita da banda à Brasília com seus
convidados, entre eles: André-X e Philippe Seabra (Plebe Rude), Herbert Viana e Bi Ribeiro (Paralamas), Chris Brenner, (BlitX-64), Pedro Ribeiro, Dado Villa-Lobos a irmã do Renato Russo entre outros.

As cenas em Brasília com o relato de Fê, Dinho e Flávio decorrem nos principais lugares onde ocorreram toda a movimentação musical da época do início do Aborto Elétrico que se misturam com as outras bandas que também integravam aquele cenário "punk".
Lugares esses que marcaram a trajetória do Aborto Elétrico e a turna da Colina.

As cenas do estúdio não poderiam ser melhores, todas as músicas disponibilizadas no momento da sua gravação e recomposição do trabalho.

É muito gratificante ver a banda tocando com vitalidade, entusiasmo, "soltando os leões" literalmente no intuito de se aproximar do objetivo final que era retratar com o máximo de fidelidade as músicas do Aborto Elétrico.

Se no CD é nítido esse empenho e qualidade auditiva, o DVD apenas confirma esse fato, onde podemos ver a satisfação e vontade do pessoal de estarem produzindo aquele álbum.

Destaque para o produtor Rafael Ramos que acompanha tudo muito de perto, aliás muito de perto, opinando e se fazendo valer de um enorme espírito empreendedor, buscando a perfeição e afinidade da banda com o estilo de música proposto para o trabalho.

Nesse clima, apesar de timidamente, alguns dos integrantes da banda como o Fê o Dinho por algumas situações demonstrarem um certo "cansaço", sobre a postura do produtor, mas no final todos acabam elogiando e agradecendo a produção de Rafael que contribuiu muito ativamente elevando a qualidade e o espírito do álbum que teria que ter a pegada mais forte em função da proposta do trabalho do Aborto Elétrico.

Mesclando as cenas de estúdio com o documentário em Brasília, o material fica perfeito, vale a pena conferir cada detalhe dos relatos pelo Capital e pelos convidados, não tenho dúvida de que esse trabalho do Capital não só atingiu a expectativa musical, como evidencia a satisfação da banda enquanto personagens de uma história que iniciou há mais de vinte anos e que depois de tanto tempo graças à um grande empenho, determinação e vontade de resgatar aquilo que tem valor, hoje podemos conferir em detalhes, pelos principais "herdeiros" de uma banda ícone que propagou o início de uma grande história no rock nacional a partir de seu fim.

O encarte do CD também foi reproduzido no DVD, com uma pequena diferença: os textos são visualizados em tamanho maior, dessa forma conseguimos observar melhor alguns textos e manuscritos reproduzidos que não são visíveis no CD.